Benjamin Moser swimming pool

Benjamin Moser

Benjamin Moser é um escritor, tradutor e crítico literário norte-americano. Moser nasceu em 1976 em Houston, Texas, cidade em que foi criado. Estudou na St. John’s School e se formou em História pela Brown University.

Apesar de inicialmente se voltar ao chinês, ele logo migrou para o português — uma decisão influente. Benjamin se pôs a viajar pelo mundo e escrever. Tornou-se escritor freelancer para a Harper’s Magazine e The New York Review of Books.

Após um período morando nas movimentadas Nova York e Londres, Benjamin Moser se mudou em 2002 para Utrecht, Holanda, com seu parceiro, Arthur Japin. A casa deles é hoje também seu local de trabalho conjunto. Como Moser, Japin é romancista, tendo lançado mais de uma dúzia de títulos. Previsivelmente, o sótão da casa foi transformado em uma extensa biblioteca, com vista para os telhados da cidade medieval.

Nasce um biógrafo

Em 2005, Benjamin Moser estava em Utrecht lendo sobre Clarice Lispector, a romancista e contista brasileira nascida na Ucrânia, quando um amigo mencionou que a obra da escritora seria o foco da segunda Festa Literária Internacional de Paraty. Moser imediatamente pegou um avião para São Paulo — uma decisão que mudaria a sua vida.

Após o evento, Benjamin Moser teve que administrar seu tempo. Ele iniciou a pesquisa e escrita da biografia de Clarice Lispector. Lispector foi uma renomada escritora, ativa de 1943 a 1977. Como parte da pesquisa, Benjamin viajou várias vezes ao Brasil, passando a chamá-lo de seu segundo lar.

O primeiro livro de Benjamin Moser, “Clarice, — uma biografia” foi publicado em 2009. Fascinado pelas obras dela, desde então ele se pôs a traduzir e publicar muitos outros dos romances e contos de Clarice.

Em 2013, a tradução que Benjamin Moser fez de “A paixão segundo G. H.” esteve entre os finalistas do Man Booker International Prize. Moser disse que sente uma grande afinidade com Clarice, pois ambos são imigrantes escrevendo em uma língua estrangeira. Ele disse para The Paris Review naquele ano: “Acho muito fácil entendê-la porque nós temos muito em comum.” Pelo seu trabalho em trazer Clarice Lispector à atenção mundial, ele recebeu do governo brasileiro o Prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural.

Além de Clarice


Em 2016, Benjamin Moser publicou “Autoimperialismo: três ensaios sobre o Brasil” em português. O livro foi dedicado a um movimento brasileiro. Esse movimento visava resgatar espaços urbanos de organizações poderosas.

Como resultado das eleições dos EUA em 2016, Benjamin fundou o Daily Action Book Club. O clube tinha o objetivo de educar os cidadãos sobre o legado americano. Esse legado envolve mudança social e resistência. Benjamin escreve continuamente há duas décadas e em 2017 recebeu uma bolsa Guggenheim.

Nesse período, Benjamin Moser começou a trabalhar em uma biografia da escritora, filósofa e ativista americana Susan Sontag. Esse livro, “Sontag: vida e obra”, foi publicado em 2019 e se tornou um bestseller do New York Times, além de ser indicado com um dos melhores livros do ano por mais de uma dúzia de periódicos. O livro também foi finalista do Prêmio Nacional do Círculo de Críticos Literários e ganhou o Prêmio Literário do Los Angeles Times na categoria Biografia.

Pelo seu trabalho de biógrafo de Susan Sontag, Benjamin Moser recebeu o Prêmio Pulitzer de 2020 na categoria Não Ficção Geral, um prêmio que ele descreveu como “a honraria máxima das letras americanas”.

Ele já escreveu também para os periódicos The New York Times, The New Yorker, Harper’s Magazine, Vogue, The Nation, The Paris Review, Bookforum e Bomb. Sua obra já foi traduzida para mais de vinte línguas.